segunda-feira, 16 de maio de 2011

PERISPÍRITO,ESPELHO DA ALMA.

     Muitos pensam que as doenças e os problemas de ordem material ficam com o corpo e que o espírito se liberta não só dos sofrimentos como também de tudo o que é de ordem física no momento do desencarne.Alguns chegam mesmo a acreditar que,ao chegar ao mundo espiritual,as pessoas se modificam radicalmente,tornando-se anjos,isto é,sábios e bons,o que é um absurdo,pois ninguém melhora"milagrosamente",pela simples mudança de plano,ao desencarnar.As pessoas que vão para as esferas sublimadas já são conhecidas na Terra como espíritos superiores,seja pela capacidade ou pela missão que desempenharam.São os que se destacaram em favor do bem da humanidade.Citemos alguns exemplos: Jesus de Nazaré,Krishna,Buda,Zoroastro,Gandhi,Francisco de Assis etc...
     Quanto a nós,pobres espíritos ignorantes e endividados que ainda somos,que nada fizemos para os nossos semelhantes,nem mesmo para nós no campo do saber e do amor,o que poderemos esperar ao regressar ao mundo espíritual senão o mesmo ambiente que construímos aqui na Terra... É óbvio que um selvagem não pode morar num palácio,e sim numa tapera,entre os que são iguais,pois do contrário ele não se sentiria bem,porque não se adaptaria a um meio que lhe fosse totalmente estranho.
    Assim sendo,quando chegarmos ao mundo espiritual,levaremos conosco os vícios,as fraquezas,os cacoetes,os defeitos físicos e todo o elenco de hábitos e costumes que possuímos quando encarnados.E só depois que eliminarmos essas deficiências e vicios,seguindo a orientação de nossos mestres,é que poderemos nos tornar cada vez mais próximos do ideal de perfeição que almejamos.Aliás,esse trabalho de aperfeiçoamento poderá ser iniciado aqui mesmo na Terra,desde que renunciemos aos prazeres materiais e nos dediquemos com mais empenho às conquistas das virtudes e do conhecimento,indispensáveis para que subamos mais um degrau da escada evolutiva.
    Devemos lembrar que o nosso corpo não é responsável pelos desacertos de nossas atitudes aqui na Terra,porquanto ele não passa de uma vestimenta do espírito,o responsável por todos os nossos desatinos.
    Assim sendo,mesmo que mudemos de roupa,não mudamos de PERSONALIDADE,continuamos sendo a mesma pessoa,física e psiquicamente.Se formos magros e altos ou baixo e gordos,feios ou bonitos,perfeitos ou defeituosos,dessa ou daquela raça,é dessa forma que nos identificaremos no mundo espiritual.
     Como todas essas caracteristicas são criações do próprio espírito,somente ele mesmo pode modificá-las,desde que possua poder mental para tanto e obtenha permissão superior para esse fim.
    É por isso que no mundo espiritual encontramos a mesma população que conhecíamos aqui na Terra,com os mesmos desejos e os mesmos problemas,com as mesmas deficiências e as mesmas anomalias,porque ainda não conseguem livrar-se dessas imperfeições,embora tenham deixado a vestimenta carnal na sepultura.
    Como o corpo perispiritual nada mais é que o molde do corpo carnal,é natural que ele se apresente com as mesmas características do corpo que ele molda!
Estamos nos referindo aos espíritos em expiações,porquanto os mais elevados,ao desencarnarem,se apresentarão perispiritualmente belos e perfeitos,sem os danos que a velhice e as doenças impuseram ao corpo,porque seu perispirito reflete a superioridade do espírito,que é o ser inteligente que comanda o corpo.

                                       (Texto extraido do Livro- Como vivem os Espíritos -)
                                                            De Antonio Fernandes Rodrigues.
                                                                Páginas 35-36-37.

domingo, 15 de maio de 2011

ESPÍRITOS BRINCALHÕES

"Nós influenciamos e somos influenciados muito mais do que imaginamos."
                                                                   (Allan Kardec)


     Quem já viu ou pelo menos ouviu falar de pessoas que se divertem à custa de intrigas,lançando uns contra outros ou criando situações lamentáveis... Tais criadores de encrencas tanto podem ser encarnados como desencarnados,destacando-se os espíritos que agem nas casas onde casais não se entendem ou não procuram ser educados.
     E há legiões de infelizes entre nós,dedicando-se a esse triste trabalho de criar embaraços e incutir ódio e a calúnia,para que haja atritos ou separações de casais.
    E os zombeteiros contam suas façanhas,procurando sobressair dos demais,relatando suas proezas.E,nas suas andanças de lar em lar ou nos ajuntamentos de pessoas,se dedicam com afinco na condenável tarefa de disseminar a discórdia e a zombaria.
    Quando vemos irmãos em conflito,casais que não se entendem ou amigos que se atritam por futilidades,é sinal de que uma turma de brincalhões está em ação,por culpa também da invigilância humana.
    Não é de se estranhar que isso aconteça,pois estamos num planeta em que predomina o mal e são poucos os que se dedicam ao bem e aos trabalho,procurando,por meio do estudo e da prática da caridade,alcançar a perfeição.A maioria das pessoas procura se divertir,esquecendo que a Terra não é um local de constante,lazer e sim uma escola que exige muita aplicação,para que não passemos pelo vexame da reprovação.
    É necessário esclarecer que a atuação dos zombeteiros restringe-se às pessoas que não procuram manter uma mente sadia,maneira segura de se imunizar contra o veneno da discórdia e da falsidade.Se fôssemos videntes,poderíamos ver a chegada dos galhofeiros coincidir com as desavenças das pessoas que se afinam com esses infelizes.
     Nós,os espíritas,que já conhecemos as artimanhas dos trevosos,devemos procurar,nos momentos de crise,o antídoto contra esse mal,rogando aos nossos mentores que nos preservem das influências perniciosas dos inimigos da luz,embora saibamos que a melhor fórmula de nos livrar dos bandos do mal é estarmos a serviço do bem,porque as insinuações dos malfeitores somente penetram numa cabeça vazia.
    É muito sugestivo o caso da vida de BUDA que fala sobre o episódio em que ele meditava sob a fronde de uma grande árvore e não percebeu o assédio dos bandoleiros do além,que investiam sobre ele.Mas esses não conseguiram atingi-lo,pois sua mente estava voltada para o objetivo de encontrar uma solução para os sofrimentos humanos.Aliás,São Francisco de Assis resumiu muito bem essa mensagem,quando disse;"É DANDO QUE SE RECEBEMOS..."

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(Texto extraído do Livro- Como vivem os Espíritos [Antonio Fernandes Rodrigues]Editora Petit)

MENTORES ESPIRITUAIS

"- Os espíritos protetores das massas são de uma natureza mais elevada que a dos que se ligam aos indivíduos;
- Tudo é relativo ao grau de adiantamento,das massas como dos indivíduos."
                                     ( O Livro dos Espíritos,pergunta 520 )


     Muitos pensam que seu anjo da guarda,ou espírito protetor,é um ser elevadíssimo,um espírito superior.Que presunção!Seria o mesmo que pretendermos que um Ministro da Justiça viesse resolver nossas pequenas intrigas com o vizinho.Para isso existe uma autoridade específica.
     Que temos diversos espíritos que se interessam pela nossa proteção e pelo nosso desenvolvimento não resta dúvida,mas que os mesmos sejam de ordem superior é pura vaidade de nossa parte;embora sejam melhores do que nós,pois não se justificaria que um inferior protegesse um superior,segundo as nossas condições evolutivas.
    Entretanto,é necessário lembrar que há uma hierarquia em todos os planos,tendo em vista que,quando o problema escapa à competência do menor,ele solicita do seu superior a necessária intervenção.
    Outro aspecto a ser considerado é o da efetiva e ininterrupta assistência do guardião ao seu pupilo.Quando os espíritos dizem que o anjo guardião se liga ao seu protegido,não significa uma constante assistência,mas sim um compromisso para com aquela criatura,ajudando-a sempre que necessário,seja pela evocação feita pelo tutelado ou pelos vigilantes deste,que são espíritos familiares ou afins. Caso contrário o protetor não disporia de tempo para os estudos(o espírito evolui eternamente)ou para outras tarefas,bem como para o lazer.
    Lembremos,também,que temos a companhia que estivermos invocando pelas nossas condições mentais,as quais variam segundo as nossas atitudes.Se estivermos voltados para anseios carnais ou violentos,não poderemos ser ajudados pelos benfeitores,porque,ao afinar-nos com as entidades inferiores,automaticamente estaremos repelindo a sintonia com aqueles que nos querem ajudar.
    Coletivamente falando,também existem mentores.
O Brasil,por exemplo,está sob o amparo do anjo Ismael.
    Há, portanto,individual e coletivamente,proteção espiritual.E acima de todos,para o nosso planeta,amparo de Jesus,o Cristo,que vela amorosamente por todos nós.Obviamente,o mesmo ocorre com os outros planetas,sóis,galáxias etc.Tudo encadeia,até alcançar hierarquicamente o Criador.Por conseguinte,o problema dos anjos guardiões é mais complexo do que possamos imaginar,tendo em vista as diferentes atribuições e posições evolutivas de cada tarefeiro.
    Outra questão a focalizar é a das evocações aos nossos guias protetores,porquanto a entidade lembrada em nossas rogativas não é necessariamente aquela que irá atender,porque nem sempre ela se encontra em condições de nos socorrer,seja por estar ausente(ocupada com outras tarefas)ou por nosso pedido estar acima de suas possibilidades.Nesse caso entrará em ação outro benfeitor,substituindo o evocado.Nos meios espíritas,por exemplo,ocorrem com frequência evocações ao magnânimo Bezerra de Menezes,e que são atendidas por outros tarefeiros em nome do evocado,porque,para esses abnegados missionários do bem,o que importa é ajudar,sem cogitar agradecimentos.
     André Luiz nos fala da prece refletiva,isto é,aquela que é dirigida a um espírito e atendida por outro.no caso dos devotos de algum Santo da Igreja Católica,às vezes a quem é dirigida a rogativa talvez nem exista.Léon Denis nos fala a respeito no  livro Joana d'Arc,Médium.
    Kardec nos ensina (O Livro dos médiuns)que o médium que mercantiliza a sua faculdade deixa de contar com a proteção de seu mentor espiritual,até que ele,o médium,se arrependa e volte a trilhar o caminho do bem.
    Na ausência  do mentor,o médium passa a ser envolvido por espíritos brincalhões e obsessores,pois,nas milenares existências,sempre existem alguns inimigos que ainda não lhe perdoaram e estão à espreita de uma oportunidade par vingar-se.E a desforra ocorre quando o médium descamba para o mal.

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                        (Texto extraído do Livro- "Como Vivem os Espíritos" - Antonio Fernandes Rodrigues)


"Nesses casos o médium passa a atuar por um processo obsessivo com espíritos infelizes. Consequentemente a sua mediunidade fica à mercê de impostores trevosos que de forma inteligente se fazem passar e acabam conhecidos como grandes personagens.
Veja ,no capitulo 27 do Evangelho Segundo o Espiritismo,referência ao assunto.(N.E.)"

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dê as pessoas o seu Perdão

     Este é,por certo,um comportamento dos mais difíceis de se assumir.Já jesus,em diversas passagens dos Evangelhos,insistiu na necessidade de perdoar. O perdão é um parente muito chegado do ódio e o ódio é o cancro da alma.Por isso deixar de perdoar alguém é estimular o ressentimento e o ódio.As pessoas que passam a sua vida odiando o seu próximo,sem o perceberem,estão como que cultivando uma espécie de doença pois,o ódio faz mais mal a quem odeia do que a quem é odiado;por isso perdoe sempre,troque os pensamentos odiosos por pensamentos,no mínimo neutros com relação a seus supostos ou reais inimigos.

                                 (Do Livro "Como Aproveitar Bem Uma Encarnação- José Carlos Leal)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Causas atuais das Aflições

     As vicissitudes da vida são de duas espécies,ou,se assim se quer,têm duas fontes bem diferentes que importa distinguir:umas têm sua causa na vida presente,outras fora dela.
     Remontando à fonte dos males terrestres,se conhecerá que muitos são a consequência natural do carácter e da conduta daqueles que os suportam.
     Quantos homens tombam por suas próprias faltas!Quantos são vítimas de sua imprevidência natural do caratér e da conduta daqueles que os suportam.
     Quantos homens tombam por suas próprias faltas!Quantos são vítimas de sua imprevidência,de seu orgulho e de sua ambição!
     Quantas uniões infelizes porque são de interesses calculado ou de vaidade,com as quais o coração nada tem!
     Quantas dissensões e querelas funestras se teria podido evitar com mais moderação e menos suscebilidade.
     Quantos males e enfermidades são a consequência da intemperança e dos excessos de todos os gêneros!
     Quantos pais são infelizes com seus filhos,porque não combateram suas más tendências no príncipio!Por fraqueza ou indiferença,deixam se desenvolver neles os germes do orgulho,do egoismo e da tola vaidade que secam o coração:depois,mais tarde,recolhendo o que semearam,se espantam e se afligem pela sua falta de respeito e ingratidão.
     Que todos aqueles que são atingidos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida,interroguem friamente sua consciência;que remontem progressivamente à fonte dos males que afligem ,e verão se,o mais frequente,não podem dizer;Se eu tivesse,ou não tivesse,feito tal coisa eu não estaria em tal situação.
     A quem,pois,culpar de todas as suas aflições senão a si mesmo.
O homem é,assim,num grande número de casos,o artífice dos seus próprios infortúnios;mas ,ao invés de o reconhecer,ele acha mais simples,menos humilhante para a sua vaidade,acusar a sorte,a Providência ,a chance desfavorável,sua má estrela,enquanto que sua má estrela está na sua incúria.
     Os males dessa natureza formam,seguramente,um notável contigente nas vicissitudes da vida;o homem os evitará quando trabalhar para seu aprimoramento moral,tanto quanto para o seu aprimoramento intelectual...
(Texto extraido do Evangelho Segundo o Espiritismo- Capitulo V - item 4)